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Showing posts from December, 2020

Hymno da Récita do 5.º anno jurídico de 1887-1888

Hymno da récita do 5.º anno jurídico de 1887-1888 pelos estudantes Braulio Caldas (letra) e Augusto Matias de Almeida (música) 12 de Maio de 1888 Hino da récita 5 ano jurídico 1887-1888 by adamoc Hymno Canto Em estrophes, que soem fugazes, N'este dia cantemos risonhos Esse tempo em que fomos rapazes, Essa vida de esperanças e sonhos. Côro N'este Adeus de Despedidas É trocar os corações; N'este abraço fique a vida D'esse tempo de illusões. Como vão as estrellas cadentes No azul a sondar o escuro; Nossas almas alegres e crentes Vão assim conquistar o futuro. É partir, que é de rosas a estrada Que seguimos e ao bem nos conduz; Vamos ver como é bela a alvorada, Queremos beijos febris d'essa luz. Mas, quaes sons de uma doce guitarra Muito ao longe se esvaem gemendo... Que a nossa canção tão bizarra Entre risos e magoas morrendo... E se a noite já chora, e orvalha Pelos campos a flôr da saudade; Seja a nossa batina a mortalha D'esta alegre e feliz mocidade. Se

Fado Roldão

Fado Roldão ou «Fado do Roldão»  Precisamente por ser questionável que a composição seja da autoria do actor-cantor Rodrigo Roldão e seja afinal uma apropriação de melodia pre-existente, aqui fica um comparativo com «Hijas del Guadalquivir» e ainda com uma versão detectada numa suite para guitarra, da autoria de João de Deus Ramos (filho) que a terá escrito aproximadamente em 1899 (manuscrito do Museu João de Deus). Exemplar fonte, cópia da colecção de A. M. Nunes. Fado Roldão by adamoc Exercício de comparação com transposição de Hijas del Guadalquivir (já publicado na Galáxia Sonora Coimbrã  , Cesar das Neves, Porto, Cesar, Campos & C.ª, 1893, Volume I, pag. 152 e 153, n.º 79.) Hijas del Guadalquivir / Fado Roldão - comparacao by adamoc Hijas del Guadalquivir / Fado Roldão / Fado dos desejos. Fonte: 12 Cantos Populares 12 Fados para piano (2.ª série) 3.ª edição, Eduardo da Fonseca, 8, Praça Carlos Alberto, 8. Porto. (n.º 88 Propriedade Registada) (vendido por 500 Reis /

Ballada de Despedida do Curso do 5.º anno theologico-juridico 1900-1901

Ballada de Despedida do Curso do 5.º anno theologico-juridico 1900-1901 Música de J. Moura & J. Sucena & J. Mealha  (Joaquim Augusto da Silva Moura & João Elísio Ferreira Sucena & João Vitorino Mealha )   Ballada de Despedida do Curso do 5.º anno theologico-juridico 1900-1901 by adamoc Fonte: Colecção A.M Nunes Versos de Faria e Vasconcellos  (António de Sena Faria Vasconcelos Azevedo (rc)) Em cada peito morrem esperanças Na nossa alma já não há vida Assim morremos como creanças Chegou a hora da despedida. (Coro) Fomos na vida uns sonhadores Almas creadas só para amar Vivemos pouco é como as flores Apenas nascem logo a murchar. Lindas amantes, que lindas fadas Aqui tivemos, feitas de luz; Todas amámos, mal empregadas São os seus braços a nossa cruz. As nossos capas, que felicidade Ellas nos contam d'este viver, São livros d'oiro da mocidade: Hemos de lel-os ate morrer. Que guitarradas pelo Mondego! - Sonhos boiando nas brancas águas -  Tudo parte hoje

Fado João de Deus

Cancioneiro César das Neves       Fado João de Deus by adamoc Fado João de Deus Quando vejo a minha amada Parece que o sol nasceu; Cantae, cantae alvorada Oh avesinhas do ceu. N'essas aguas do Mondego Se pode a gente mirar, Ellas procuram socego. E vão caminho do mar. A rosa que tu me déste Peguei-lhe, mudou de côr; Tornou-se de azul celeste Como o ceu do nosso amor. Não me falles da janella Que te não ouço da rua; Falla-me de alguma estrella,  Que te vou ouvir da lua. Dizes que a lettra não deve Ser nunca tão miudinha; Mas grada ou miuda escreve, Que o coração adivinha. Não digas que me não amas A ver se tenho ciume; Os laços do amor são chammas E não se brinca com lume. A virgem dos meus amores Sobresae entre as mais bellas: E como a rosa entre as flores, E como o sol entre as estrellas. Eu zombo do sol e chuva, Noite e dia, terra e mar; Ais de uma pobre viuva, Se os oiço, dá-me em chorar. A sombra da nuvem passa Depressa pela seara; Mas a nuvem da desgraça Já de mim se não sep

Na despedida, Alberto Rego, Balada de despedida do V ano da Universidade de Coimbra de 1899 (v2)

                     Na Despedida 1898/99 by adamoc Festival de Quintanistas de 1898-1899 - NA DESPEDIDA (CANÇÃO)  Ver mais informação no blog Guitarra de Coimbra:  As nossas capas NA DESPEDIDA/BALADA DE DESPEDIDA DO V ANO DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA   DE 1899  ( As nossas capas, rotas, velhinhas ) Música: Dr. Alberto Simões da Costa Rego (1872-1966), então estudante da FM/UC Letra: Dr. Mário Esteves de Oliveira (1879-1945), então estudante da FD/UC Local de produção: Coimbra Função inicial: récita de despedida de curso,  Um Credor em Bolandas Data: 1899 As nossas capas, rotas, velhinhas, Todas de negro tremem no ar... São andorinhas, são andorinhas, Que se preparam para emigrar. Coro Noites serenas com serenatas E a lua branca nos altos céus, Lindos rimances, doces volatas, Vida a desoras, adeus, adeus! As nossas pastas foram bordadas Por mãos de fadas: ou noiva ou mãe, E as pobrezinhas, abandonadas, Choram de mágoa, tristes também. Coro Depois das aulas, todos com elas Toc

Serenata dos Quintanistas de Direito da UC 1895-1896

Música de Manuel Ferreira da Costa Amador Valente e letra de Arthur Mesquita Guimarães Serenata quintanistas 1895 - 1896 by adamoc Solista: Vamos deixar-te ninho d'amores Paiz de sonhos e de tricanas Em cujos olhos estonteadores Cantam requebros de sevilhanas. Coro: Ai quantas vezes em noites calmas Do teu luar acariciador Sorriu a'sprança nas nossas almas Em nossos peitos brotou o amor. Solista: Eramos todos uns sonhadores Cheios de crenças e aspirações Coro: Na nossa vida tudo eram flores Na nossa alma tudo illusões. Solista: Chega o momento da despedida Ouvem-se peitos a soluçar Coro: Aventureiros no mar da vida Barcos ao largo, remar, remar. ---- (2.º grupo de quadras) Solista: Beijos ardentes, com que anciedade Nós os colhemos nos labios teus! Vae-se a ventura... surge a saudade...  Adeus, Coimbra - adeus, adeus! Côro: Passa um cortejo de sombras tristes Na nossa alma que treme e chora... Adeus, ó sonhos que nos sorristes E que vos ides, tão cedo, embora! Solista: V