Hymno da récita do 5.º anno jurídico de 1887-1888
pelos estudantes Braulio Caldas (letra) e Augusto Matias de Almeida (música)
12 de Maio de 1888
Hino da récita 5 ano jurídico 1887-1888 by adamoc
Hymno
Canto
Em estrophes, que soem fugazes,
N'este dia cantemos risonhos
Esse tempo em que fomos rapazes,
Essa vida de esperanças e sonhos.
Côro
N'este Adeus de Despedidas
É trocar os corações;
N'este abraço fique a vida
D'esse tempo de illusões.
Como vão as estrellas cadentes
No azul a sondar o escuro;
Nossas almas alegres e crentes
Vão assim conquistar o futuro.
É partir, que é de rosas a estrada
Que seguimos e ao bem nos conduz;
Vamos ver como é bela a alvorada,
Queremos beijos febris d'essa luz.
Mas, quaes sons de uma doce guitarra
Muito ao longe se esvaem gemendo...
Que a nossa canção tão bizarra
Entre risos e magoas morrendo...
E se a noite já chora, e orvalha
Pelos campos a flôr da saudade;
Seja a nossa batina a mortalha
D'esta alegre e feliz mocidade.
Se depois... em paragens distantes,
Nos sorri a visão dos folguedos,
Que nos prenda este amor de estudantes,
Como a hera abraçada aos rochedos
Coimbra, 12 de Maio de 1888
Braulio Caldas
Fonte: Colecção de António Manuel Nunes
Também publicado em «A Guitarra Portuguesa e a Canção de Coimbra Anexos, Subsídios para o seu estudo e contextualização», pág. 172, de Luís Pedro Ribeiro Castela.
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