BALADA DA DESPEDIDA 1907
Letra: Francisco Xavier Cândido Guerreiro (1871 - 1953)
Música: professor e maestro António Maria Rebelo Neves (1874 - 1957)
Escrita para a récita de Despedida do Curso do 5.º ano jurídico (1902 - 1907) da UC,
mas não foi recitada em 1907 devido à greve académica de 1907.
Esta balada foi recitada em 10 de Junho de 1939 no Liceu João de Deus em Faro (com adaptação dos versos: Coimbra > Algarve)
BALADA DA DESPEDIDA [versos originais de Cândido Guerreiro]
(solo)
Boémia ardente na despedida!
noite de rosas, noite de palmas,
mas anoitece na nossa vida,
mas anoitece nas nossas almas…
Luar de Coimbra, lírios de neve,
que o céu entorna pelas noitadas,
chuva de prata, tomba de leve.
tomba de manso nas guitarradas.
Refrão (Côro)
Adeus, Coimbra! Vamos embora…
Noite de festa, noite de mágua…
Se em nossas bocas canta uma aurora,
por que é que os olhos se arrasam de água?…
(solo)
Choupos sagrados, que em prantos d'ouro,
ao vir Outubro, vos desfolhais,
quantas saudades há nesse choro,
que os que partiram não voltam mais…
Passam ao longe capas ao vento…
Morrem os cantos, ai, que saudade!
Flori, oh sonhos, inda um momento
neste poente de mocidade!…
Refrão (Côro)
Adeus, Coimbra! Vamos embora…
Noite de festa, noite de mágoa…
Se em nossas bocas canta uma aurora,
por que é que os olhos se arrasam de água?…
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