Balada de despedida do V Ano Medico de 1937
da Récita de Despedida «Gota a gota ... rectal»
Foi esta peça representada no Teatro Avenida, pela primeira vez, em Sarau de Gala Despedida do Curso do V Ano de Medicina da Universidade de Coimbra de 1936-1937, noite de 6 de maio de 1937.
Música de Jorge Donato e Letra de M. Santos Duarte.
Adaptação musical dos autores com dois números originais. Partitura do maestro Cesar Magliano. Realização do distinto ensaiador dramático José Ribeiro, com a colaboração artística dos Doutores Octaviano de Sá e Celestino Maia.
Digitalização enviada pelo Dr. João Baeta.
Balada
Voz
Fitas largas, amarelas,
As mais belas, côr do oiro,
Brilham mais que as estrêlas,
Queremos-lhes tanto que elas
São para nós um tesoiro...
Ir deixá-las, que tortura!
Que amargura e que tormento!
Deixá-las? Sim, com ternura,
E em nossas almas perdura
Um eterno sofrimento.
Côro
As nossas fitas
Quando agitadas,
São mais bonitas,
Mais destacadas!
Sonho desfeito
Da mocidade...
No nosso peito
Só vai Saudade!
Voz
São as nossas companheiras
Das canseirass do «'spital».
Têm, comnôsco, ouvido
Tanto ai, tanto gemido,
Tanta dôr de tanto mal!...
Mas, quando a morte chegar
P'ra arrancar as nossas vidas,
Q'remos, comnôsco, levá-las
Junto ao peito, a estreitá-las,
Pobres fitas, fenecidas!...
Côro
Comments
Post a Comment