Canção do estudo
«Canção do estudo», serenata extraída do 1.º acto da récita «Ipsis verbis» 1896-1897.
Letra e música do quintanista António Pinto de Albuquerque.
«Ao Amandio Baptista de Sousa meu caro condiscípulo e o brilhante interprete da minha Serenata
A toda a brilhante pleiade dos meus companheiros, quintanistas de Theologia e de Direito,
muito affectuosamente dedico esta canção.
Coimbra, 31 de Março de 1897, António Pinto de Albuquerque »
Canção do estudo - Antonio Pinto de Albuquerque by adamoc
Canção do estudo
Serenata extraída do 1.º acto da récita «Ipsis verbis»
Letra e música do quintanista António Pinto de Albuquerque.
Voz
Tenho um livro d'orações
P'ra o dia do teu noivado:
As lettras são illusões
O texto, um sonho doirado.
Côro
Morre o folguedo
O dia morre;
O bronze tange
Na velha torre.
Voz
Eu quando de ti me ausento,
Fico triste e todo tremo;
Na barca do desalento
Vão as saudades ao remo.
Nesses teus lábios, morena,
Soberbos rubins d'Ophir
Quero alimpar tanta pena
C'o lenço do teu sorrir.
Durmam de vez minhas mágoas
Do teu seio no remanso
Lá como dormem as águas
Do lago no leito manso.
As cordas da minha lyra
São de luz - do teu olhar;
Canções que a alma suspira
Vem-m'as teu nome inspirar.
Eu, quando morrer, um dia,
Quero ter por mausoleu
Os teus sorrisos, Maria,
Por mortalha - um beijo teu.
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