Música de Alfredo Keil, letra de Henrique Lopes de Mendonça
Fonte: partitura publicada em A Republica, n.º 8, ano I, 26 de Abril de 1890
Fonte: partitura publicada em A Republica, n.º 8, ano I, 26 de Abril de 1890
Marcha composta por Alfredo Keil imediatamente após o ultimato inglês de 11 de Janeiro de 1890.
Nasceu como uma canção de cariz patriótico em resposta ao ultimato britânico.
(https://pt.wikipedia.org/wiki/A_Portuguesa)
Foi tocada em Coimbra no dia 12 de Março 1890, no Teatro D. Luiz, num «sarau litterario-musical promovido pelos estudantes e povo de Coimbra em benefício da grande subscripção para a defeza do paiz.»; «uma orchestra mixta de musicos da banda de infanteria 23 e da estudantina de Coimbra executará, sob a direcção do sr. Alves, a marcha patriotica A Portuguesa, de Alfredo Keil.» (fonte: A Via Latina: jornal académico. Coimbra, 7 Março 1890, Ano 1, Nº 9, p. 2).
Outras notas sobre A Portuguesa em A Republica, n.º 7, ano I, 25 de Abril de 1890.
«Esta marcha patriotica, que tem entusiasmado a cidade de Lisboa nos seus protestos contra o affrontoso ultimatum da Inglaterra está prohibida de ser tocada por qualquer philarmonica em logares publicos da capital. (...)
... a popularidade que perdeu o Hymno da Carta!
A Portugueza é condemnada por aquelle governador civil, como uma marcha revolucionaria.
A monarchia teme-a, como o imperio francez temeu a Marselheza.
(...) é uma marcha que a primeira cidade do paiz acceitou como hymno do levantamento do espirito nacional contra a pirataria britannica.
É esta a razão por que a não querem ouvir.
Mas el-rei teve de a ouvir de pé, como os outros espectadores, na ultima tourada em Cintra, porque o povo, tendo ouvido com indifferença o hymno official, exigiu com insistencia A Portugueza.
(...)
Notem que A Portugueza reprimida pode vir a ser a revolução em musica, ou a agua fervente da revolução...
O que é hoje o canto do patriotismo pode ser amanhã, se o desorientarem, a imprecação do furor.
O que é hoje o canto do patriotismo pode ser amanhã, se o desorientarem, a imprecação do furor.
A Portugueza será a Marselheza de Portugal? (...)»
Após a revolta de 31 de Janeiro 1891, no Porto, foi banida mas sempre recordada e em (19 de Junho de) 1911 tornou-se o hino oficial da República Portuguesa. A melodia sofreu algumas alterações em relação ao original de Alfredo Keil e é cantada apenas uma vez, sem repetições, ou seja, só com um dos conjuntos de versos (o primeiro).
Também disponível na BNP: http://purl.pt/77/1/index.html#/1/html
Também disponível na BNP: http://purl.pt/77/1/index.html#/1/html
Comments
Post a Comment