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Na despedida, Alberto Rego, Balada de despedida do V ano da Universidade de Coimbra de 1899 (v1)



Fonte da partitura: In illo tempore de Trindade Coelho pag.s 321 e 322:
https://archive.org/stream/inillotemporees00coelgoog#page/n331/mode/2up

O arranjo à viola é da minha responsabilidade e a harmonização foi simplesmente intuída. Trabalho feito em 2017.
A.Caetano


Nota de António José Soares: «1899 - Houve este ano duas récitas de despedida: «Um Credor em Bolandas» em que entravam quintanistas de teologia, direito e medicina e «A Barca dos R. R. R.» de D. Thomaz de Noronha apenas de quintanistas de teologia e direito.» Fonte: Catálogo da exposição Récitas de despedida Promovido pelo Museu Académico de Coimbra No salão do Teatro Avenida Coimbra Maio 1956.




Ver mais informação no blog Guitarra de Coimbra: As nossas capas

NA DESPEDIDA/BALADA DE DESPEDIDA DO V ANO DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA DE 1899 (As nossas capas, rotas, velhinhas)
Música: Dr. Alberto Simões da Costa Rego (1872-1966), então estudante da FM/UC
Letra: Dr. Mário Esteves de Oliveira (1879-1945), então estudante da FD/UC
Local de produção: Coimbra
Função inicial: récita de despedida de curso, Um Credor em Bolandas
Data: 1899

As nossas capas, rotas, velhinhas,
Todas de negro tremem no ar...
São andorinhas, são andorinhas,
Que se preparam para emigrar.

Coro
Noites serenas com serenatas
E a lua branca nos altos céus,
Lindos rimances, doces volatas,
Vida a desoras, adeus, adeus!

As nossas pastas foram bordadas
Por mãos de fadas: ou noiva ou mãe,
E as pobrezinhas, abandonadas,
Choram de mágoa, tristes também.

Coro
Depois das aulas, todos com elas
Toca pra baixa, para as mostrar...
E das janelas, lindas donzelas
Por trás dos vidros a suspirar...

Nas noites lindas, que travessuras
Por essas ruas, pela cidade...
Eram tolices, eram loucuras,
Que se desculpam co'a nossa idade.

Coro
Das nossas terras vinham também
Compridas cartas dos nossos velhos:
-«Não gastes muito. Porta-te bem...»
e a gente ria desses conselhos.

Chegou, amigos, a despedida,
Esvai-se tudo como num fumo...
Agora vamos mudar de vida,
Agora vamos mudar de rumo.

Coro
Talvez no mundo, nosso inimigo,
Algum descanso lá nos espere:
Talvez nos braços dalgum amigo,
Talvez nos braços duma mulher.

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