Skip to main content

Fado posthumo do Hylario

Fado póstumo do Hilário

Fonte: Neves, César das e Pais, Gualdim, Cancioneiro de Músicas Populares, vol.3, Empresa Editora, Porto, 1898, p. 208, n.º 529




Nota de A. M. Nunes: «A melodia lembra de imediato o FADO DE SÃO PEDRO DO SUL (Eu não quero nem brincando), reclamado pelo guitarrista Reynaldo Varella e gravado pelo próprio (canto e guitarra solo), no disco de massa Homokord 9233. Anos mais tarde, esta melodia seria regravada por António Menano como o título vulgar de FADO ANTIGO (Maria, minha Maria), e menção de “popular”.»

Ouvir o «Fado de São Pedro do Sul» no site:
http://arquivosonoro.museudofado.pt (fazer busca por Reinaldo Varela).

Manuel Maria de Castro Corte Real, tauquiano da fundação (1888), estudante de Direito UC entre 1886/87 e 1890/91 conheceu Hylario pessoalmente, foi um desses «estudantes coevos do grande boemio».

As duas melodias colocadas lado a lado para comparação.
A harmonia é diferente nos compassos 14 e 15 (ver e ouvir partituras abaixo).

Apesar das diferenças ou variações em alguns segmentos, creio que as duas melodias exibem claramente uma assinatura comum, ou seja, correspondem a uma criação inicial que depois, por deturpação natural ou alteração deliberada, resultaram em registos ligeiramente diferentes.




Fado Posthumo do Hylario,
transposto para mi maior e passado a quaternário com duplicação do valor das notas:

Fado de S. Pedro do Sul:


Ler «» por A. M. Nunes no blog Guitarra de Coimbra de 22 de Abril de 2023.


A melodia do «Fado Posthumo do Hylario», aliás, a partitura como um todo, incluindo o acompanhamento minimalista de piano - publicada no CMP César da Neves -, surge publicada, praticamente sem diferenças, sob o nome «Fado do 28», em «12 Cantos Populares 12 Fados para piano» (2.ª série) 3.ª edição, Eduardo da Fonseca, 8, Praça Carlos Alberto, 8. Porto. (n.º 88 Propriedade Registada) (vendido por 500 Reis / 7,50 Frs) [Arquivo da TAUC].
Este facto foi assinalado in «Evocação de Hylário na Coimbra do seu tempo | Origem e evolução do chamado Fado Hilário», Edição da Sociedade Histórica da Independência de Portugal, José Anjos de Carvalho, Fernando Murta Rebelo, 1998, páginas 10 e 11.







A. Caetano (update 30 de Setembro de 2023)

Comments

Popular posts from this blog

Coro de Carpideiras - Augusto Euclides Menezes, 1905

Enterro do grau - Coimbra, 1905 (quartanistas de Direito) Música de Augusto Euclides Menezes, Versos de Justino Cruz in «Colecção de músicas do Enterro do Grau» Festejos promovidos pelos estudantes da Universidade de Coimbra, 1905. Coro de Carpideiras - Augusto Euclides Menezes by adamoc A. Caetano, 15 de Dezembro de 2024 

Festa Portuguesa, suite para Guitarra e Piano de Duarte Costa

Festa Portuguesa, suite para Guitarra e Piano de Duarte Costa Fonte: arquivo da TAUC Festa Portuguesa – Duarte Costa 1.ª Suite para Guitarra e Piano (24 páginas) I – Chegada (allegro) (6 pag) II – Procissão (adagio) (4 pag) III – Arraial (vivo) (6 pag) IV – Serenata (andantino) (2 pag) V – Despedida (allegro) (6 pag) Festa Portuguesa - Chegada - Duarte Costa by adamoc Festa Portuguesa - Procissao - Duarte Costa by adamoc Versão para guitarra solo: Procissao - Duarte Costa (guitarra Solo) by adamoc

O último fado - Augusto Hylario

O último fado  de Augusto Hylario Fonte: Cancioneiro de Músicas Populares, César das Neves Vol. II, 1895, pag 102 e 103, N.º 115 O ultimo fado by adamoc O Fado Hilário moderno resulta da junção do « Fado serenata do Hylario » («Foge lua envergonhada» passa a «A minha capa velhinha») e de «O ultimo fado» . Considerando que, este último, tem duas partes (uma maior e outra menor) o resultante tem 3 partes. A melodia dos dois primeiros versos da primeira parte de «O último fado» foi alterada/ajustada e existem alterações várias em intervalos na melodia mas, grosso modo, a assinatura melódica permite-nos sem esforço apontar a origem. Poderá ser feita uma análise mais minuciosa. A. Caetano, Coimbra, 7 de Fevereiro de 2020 Fado Hilário moderno A minha capa velhinha    <<< melodia do  « Fado serenata do Hylario » É da cor da noite escura, Nela quero amortalhar-me, Quando for p'ra sepultura. A minha capa ondulante <<< m...