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Canção d'alguem que se despede, Antonio Pinto d'Albuquerque (1897)

Canção d'alguém que se despede

Música de António Pinto d'Albuquerque Stockler, letra de Henrique de Vasconcellos.





Canção d'alguém que se despede

Voz (solo de tenor)
Adeus, Coimbra, toda florida,
Fonte de sonhos e de cantares!
Abrem saudades à despedida
Em nossos peitos os nenuphares

Côro
Adeus, Coimbra, fonte de risos,
Cheia d'amores, cheia de beijos...
Jamais os prantos foram precisos,
Jamais a treva dos maus bocejos.

----

Voz
Pelo Mondego, que canta brando,
Levando as águas, pobre velhinho,
Virão cansados e soluçando
Os nossos sonhos pedir carinho.

Côro
Os nossos lenços hão de acenar...
Os nossos olhos, cheios de prantos,
Por tuas filhas hão de chorar
E voltaremos com nossos cantos.

----

Voz
Deitem-nos flores, à despedida,
Junquilhos, rosas, lírios, jasmins;
Guardal-as-hemos, no fim da vida
Já nossos peitos não são jardins.

Côro
E nós partimos atrás das flores,
Doidos, contentes, sempre a cantar!
Mas ó, Coimbra, nossos amores,
Espera! Espera! Que hão-de voltar!

Fonte: partitura litografada, 2.ª edição (tiragem 500 exemplares) existe exemplar no MAC.

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