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Barquinho ligeiro

 «Voga o barquinho ligeiro» - autor desconhecido. Barquinho ligeiro by adamoc Barquinho ligeiro Voga o barquinho ligeiro No Mondego cristalino Seu rumor é mensageiro D'um sorriso peregrino (bisa o dístico) (estribilho) Oh remador rema ligeiro Pró teu barquinho ser o primeiro E se tu fores o primeiro o vencedor Eu te darei o meu amor. Em  «Barquinho Ligeiro»  interpretado pelo Grupo Etnográfico da Região de Coimbra (GERC) na  Serenata Futrica  na Praça 8 de Maio, Coimbra, no dia 30 de Agosto 2014 (youtube) ouve-se uma outra quadra: "Lindas águas do Mondego Dos salgueiros a cantar Quando as cheias de tristeza Ninguém as pode passar." Antero de Quental, nascido em S. Miguel, em 1842 , estudou Direito na Universidade de Coimbra entre 1858/59 e 1863/64. Em 2001 a Colares Editora lançou « Primaveras românticas de Antero de Quental » «Volume que reúne a produção poética da juventude de Antero de Quental - daí o nome completo da obra ser primaveras Românticas. Versos dos Vinte A
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Manuel ceguinho ou Manolé

Manuel ceguinho ou Manolé Marchinha cantada nas fogueiras de S. João em Coimbra desde o séc. XIX.. Versos em redondilha menor. Manolé – desconhecido by adamoc Adaptação que fiz com acompanhamento de violão: Manolé – desconhecido by adamoc Fonte: Enviado por Ana Pato A. Caetano, 28 de Outubro de 2023 Nota: https://altrecastello.probeta.net/dossiers/5histori.htm

Adeus - José da Costa de Vasconcellos Delgado

Adeus modinha para canto e violão Poesia: António Augusto Soares de Passos (1826 - 1860) Música: José da Costa de Vasconcellos Delgado   Adeus by adamoc A partida Ai, adeus! acabaram-se os dias Que ditoso vivi a teu lado; Soa a hora, o momento fadado: É forçoso deixar-te e partir. Quão formosos, quão breves que foram Esses dias d’amor e de ventura! E quão cheios de longa amargura Os da ausência vão ser no porvir! Olha em roda estas margens virentes: Já o outono lhe despe os encantos; Cedo o inverno com gélidos mantos Baixará das montanhas dalém. Tudo triste, sombrio, e gelado, Ficará sem verdura nem flores: Tal meu seio, privado d’amores, Ficará de ti longe também. Não sei mesmo, não sei se o destino Me dará que eu te abrace na volta… Ai! quem sabe onde a vaga revolta Levará meu perdido baixel? Sobre as ondas, sem norte, e sem rumo, Açoutado por ventos funestos, Sumirá por ventura seus restos Nas voragens d’ignoto parcel. Mas ah! longe esta ideia sombria! Longe, longe o cruel desalent

Os olhos negros e os azues – Vasconcellos Delgado

Os olhos negros e os azues Poesia: José de Vasconcellos Música: José da Costa Vasconcellos Delgado Com acompanhamento para piano - 27 de Janeiro de 1962 Os olhos negros e os azues – José da Costa Vasconcellos Delgado by adamoc Com acompanhamento para violão - 10 de Janeiro de 1963 Os olhos negros e os azues – Vasconcellos Delgado by adamoc O acompanhamento para violão foi feito 1 ano depois e é mais pobre. (A clave de fá na partitura de violão não faz sentido). Ver  Retrato de José Vasconcellos Delgado (1868) . A. Caetano, 23 de Outubro de 2023

Fado Serenata Olinda

 Fado Serenata Olinda   FADO SERENATA OLINDA by adamoc     Fonte: 12 Cantos Populares 12 Fados para piano (2.ª série) 3.ª edição, Eduardo da Fonseca, 8, Praça Carlos Alberto, 8. Porto. (n.º 88 Propriedade Registada) (vendido por 500 Reis / 7,50 Frs) [Arquivo da TAUC]

Os fados de Augusto Hylario

A composição musical que hoje conhecemos como « Fado Hilário » motiva uma viagem de trás para a frente e de frente para trás, revisitando algumas fontes primárias - partituras impressas e registos sonoros -  com interesse para ajudar a  esclarecer - com algum detalhe musical e de forma técnica -, a origem do «Fado Hylario Moderno» e as alterações que sofreu.  No fim desta viagem concluiremos, talvez sem surpresa, que esta é, afinal, uma história de alterações em cima de alterações, em que a criação se confunde com reciclagem e deturpação, em que a "traição" - ou a total ausência de preocupação em ser fiel - a melodia, versos e harmonia -, é a "tradição". :) Antes, e para que se entenda o como e o porquê de algumas operações musicais triviais (matemáticas) - que efectuei valendo-me do software Musescore -, apresento sinteticamente a minha leitura da estrutura, tradicional e característica, que apresentam as composições designadas como «fados» - composições essas que

Não canto por bem cantar

Não canto por bem cantar in Músicas e canções populares, colligidas da tradição por Adelino António das Neves e Mello (filho), Lisboa, Imprensa Nacional, 1872. https://archive.org/details/musicasecanespop00mell/page/n13/mode/2up Partitura adaptada (alteração rítmica nos compassos 2 e 4) de «Não canto por bem cantar». Não canto por bem cantar – desconhecido by adamoc Com acompanhamento de piano minimalista estilo lundum: Não canto por bem cantar – desconhecido by adamoc Na composição « O Londum da Figueira » a expressão « Ai Jesus » é utilizada como "interjeição", à semelhança de « Bravo » no « Fado atroador » e a construção rítmico-melódica é idêntica ao fado: contém a anacruse e a síncopa, definindo-se essa repetitiva (e característica) célula rítmica, fundamental na melodia dos fadinhos, em apenas dois compassos 2/4, com uma diferença - a síncopa, neste caso, acontece no primeiro tempo do compasso e não no segundo (o que pode ser encarado como uma variação). «Não canto